Aprendizes do Caos
A calamidade de fato se torna para mim cada vez mais uma forma de se extrair lições que ficarão empregnadas para sempre. Nessas idas e vindas foram se formando idéias e sensações que advem exatamente dessa necessidade de buscar respostas lógicas oude se querer fazer ou compreender o que, e para que se está fazendo algo. Não vou negar que as lições servirão exatamente para serem aplicadas não só na sua mais pura e integra percepção e ação, mas também no que fica inserido como conhecimento e sentimento de causa.
No ir e vir foram muitos exemplos, muitas lições de solidariedade e humanidade jamais presenciados por quem está de fato envolvido com a missão, o próximo se tornou tão próximo que não precisa mais de formalidades pífias, a beleza da desgraça fez nascer e ebolir sentimentos que só os humanos podem compartilhar. A lágrima chorada é abafada pela compaixão, a conscientização da dor mesmo que intensa, vai sendo anestesiada conforme os dias vão passando e a força humana reage a tudo como quem busca driblar sutilmente a famigerada sensação de impotencia.
De um lado para o outro a busca é pela superação, é claro que o pós-tragédia aos poucos vai sendo a evasão sutíl da mídia, quando os nossos olhos não mais estarão postos diante da TV, e nessas horas, onde essa minuciosa maldade chamada esquecimeto precoce se alojar em nós, iremos relutar ao menos aos aprendizados que emanam da fragilidade de nossas mentes, e do que ficou registrado em nossas memórias para sempre como aprendizes do caos.
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