É POR MUITO MAIS...OU MENOS.
Podemos olhar para o que está
acontecendo por vários ângulos, sabemos que o que estamos vivendo é algo muito
intenso, e como sabemos, muita intensidade pode gerar pouca durabilidade, nessa
hora é preciso um esforço muito grande para que possamos discernir esse tempo
em que uma nação inteira vai para as ruas ebulir seus direitos e reivindicações
que foram se acumulando por décadas de injustiça, desigualdade, corrupção e
abandono.
Os brasileiros, assim como os que
o “governam” ainda tentam entender o que está acontecendo com o Brasil, e nesse
exato momento reúnem-se para tentar discernir, mas de onde surge essa massa adormecida? essa reação
popular que estava até ontem comemorando as esmolas e que de “uma hora pra
outra” traz suas inúmeras indignações, como quem "cospe no próprio prato". É preciso cautela, ha muita
desproporção e indefinição sobre que rumo ou para que norte estamos apontando, falta-nos foco?
Por outro lado, a mídia por sua
vez vem tentando encontrar um tom equilibrado para não sofrer o dano da “revolta”,
por ser soberana, parcial e tendenciosa, vai tentando filtrar e minimizar tudo
quanto puder, em edições, em narrativas em reportagens compradas que
centralizam o vandalismo e a “violência, e dessa forma corresponder com os
interessados por transformar esse momento emblemático em mero carnaval antecipado, que logo
vai passar.
Contudo, diante de tudo que temos
visto e vivido, surge mais um questionamento, quem vai assumir a direção disso
tudo? Um movimento novo que naturalmente emerge das redes sociais, que tem como
princípio a realidade imediata de quem fala e de que ouve em tempo mais do que
real, bem como a resposta nas ruas, enquanto isso o mundo olha para nós e de
forma amigável apresenta seu apoio e incentivo.
Por fim, a exacerbação do foco no
vandalismo e na revolta, coisas que poderiam ser muito bem resolvidas se
houvesse uma política de segurança eficiente, vão se tornando a estrela do
movimento, mostra sua força pelo mal que conduz, e como a mídia se alimenta do
mal alheio, aproveita pra virar a mesa, se não encontrarmos uma voz e um líder
pra esse momento, mesmo ciente de que fiz a minha parte, correremos juntos o
risco de todo esse esforço ter nos custado nada mais que vinte centavos.
Alex Possati (reflexão)
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