Huma-Nus

Em meu deserto, o desertor sou eu, quem buscar saciar-me é abstrato, é miragem de oasis, posto que no meu desserto, o certo é também incerto, diante da sequidão das palavras, das conciências das metáforas. Aprende-se, depende-se, aferra-se a fé, a esperança a ância por sobre vivência. Em meu deserto o perto fica longe, a distância entre a angustia e a solitude, diversifico meus sonhos, minhas saudades e minhas aflições, as vezes jubiloso, as vezes saudoso. Em meu deserto eu faço minha prece, meu canto, minha oração. Em meu deserto, me vejo, quando te vejo. [a.p]

As vezes você não precisa dizer absolutamente nada, a amizade tem esses encantos, o silêncio que traduz tudo, que abraça, que acolhe, que define e permeia a dor, a angustia e as crises de qualquer ordem em mim ou no outro. A amizade é um mistério, atravessa gerações e gerações em histórias arrebatadoras. Ensina, quando vivida na verdade, a termos uma missão de apenas sermos nós mesmos quando somos convocados a interpretar e discernir a dor do outro, como se fosse em nós, por nós, para nós, sem voz, silenciosamente presente.  [a.p] "  E assentaram-se com ele na terra, sete dias e sete noites; e nenhum lhe dizia palavra alguma, porque viam que a dor era muito grande." Jó 2:13

Perturba-se na inquietude, aquele que busca dentro de sí mesmo, vestígios, cicatrizes, memórias, histórias, medos e saudades. Inquietude é mover-se na direção do caos, do aparente absurdo. É absorver um sentido atemporal daquilo que já foi vivido dentro de um hiato do tempo que se chama hoje, de um segundo que a mente burla a ordem chamada de realidade, foi-se a paz de um instante, docemente desconfortável, perturbadoramente agradável, paradoxos da vida de um huma-nus. [a.p]

PUXA UMA CADEIRA MINHA'LMA Vamos entrar num acordo? vida tranquila viver...